sábado, 20 de setembro de 2014




 Júlia contando "Menina bonita do laço de fita", de Ana Maria Machado um momento de alegria.
Para mim, uma poesia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ETERNO, MARIA JOSÉ


Eterno é tudo o que vivemos com intensidade...

um sorriso,

um olhar,

um beijo,

uma lágrima que cai,
e o motivo que a impulsiona...

É terno...

É lindo,

é mágico!

Uma fração de segundo pode determinar uma existência, marcar um ponto na história.
Transformar história e histórias...
Pode fazer de um menino um homem,
da menina, mulher.

Do homem e da mulher,
pais...

Que fazem um país,
um Estado,
uma Nação,
o mundo...

Eternidade.

Felicidade - medida pela intensidade das ações.
marcada pelas reações que são eternas.

Eternas porque são determinantes do futuro...

Donas do agora!

Eterno é ter no coração
a vontade de eternizar o momento em que vivemos
e não valorizamos porque
estamos ocupados demais
em eternizar o que ainda não vivemos...

(maio de 1988)

EU e EU, MARIA JOSÉ



Menina brincado de casinha,
mulher brincando de escrever.
Ambas brincando de esconder...

Tendo os sonhos todos
dentro de pequenas mãos
que afagam e escrevem,
enfeitam, protegem.

Seguram-se dentro do quarto,
para não bagunçar a casa,
para não ouvir o rir dos versos...

Esperar papai e mamãe,
pedir mais bonecas
e com elas adormecer num abraço.

Para pedir mais palavras...
e acordar com todas me dizendo
que é hora de aprendermos a brincar de amar
e viver...

Zeca 1988 (outra eu)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

MARIA JOSÉ: NADA...

NADA

Segundo os Engenheiros do Havaí, "Nada é uma palavra esperando tradução"
sendo assim, nada pode significar tudo;
que não ousamos fazer...
se não inventamos, não podemos acreditar
na realidade inventada por outros.
Sentida e experimentada por nós...

Se não buscamos o nada que nos faz falta,
Não encontramos nada que preencha as lacunas da
alma.
Sedenta de tudo que nada pode mudar...

Nada...

Esta palavra brinca com sentimentos e
significados...
traz a força, é a plenitude...
Nada contém a significação de tudo.
Tudo, nada significa se o que fazemos é em louvor
a nada...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

MARIA JOSÉ: A espera do João...

Te esperar
é o bem
maior que tem.

Poesia
que se cria
todo dia.




Preparar sua vinda
é uma alegria
é tudo que eu queria
pra fazer uma família...


Te ninar
será

comprovar:

que só tem sentido
a vida
de quem tem filhos para amar...

MARIA JOSÉ: Ser goiano

Ser Goiano[1]

Ser goiano é ser poeta. É viver como poeta que transforma a lida em rima. É amar a terra fecunda, os becos, as pedras, as ruas de Goiás. É levar Goiás ao mundo através dos versos. É fazer doces e adoçar a vida dos que cultivam a amargura da mediocridade. É ser Cora, Cora Linda, Coralina.
É Ser cantor. E cantar o amor plantando e colhendo tomates num temporal de amor. É ser Leandro e Leonardo.
É ser pintor. Pintar Goiás com pedacinhos dourados de Serra Goiana. É ser Goiandira do Couto.
É ser jogador de futebol. Fazendo Goiás vibrar com um gol francês. É ser Túlio.
É ser pedreiro, encanador, governador. É fazer Goiás crescer pelas mãos do amor que em ritmo de mutirão abriga o povo.
É ser compositor. Compor músicas para o Brasil inteiro cantar Goiás. É ser Zezé Di Camargo.
É ser comediante. Fazendo rir até mesmo Chico Anysio com o humor que mexe e vira critica fazendo rir. É ser Vira e Mexe.
É ser atriz e representar com o carisma goiano, com a pureza de expressão de uma menina grande. É ser Carolina Ferraz.
É ser um trabalhador sem destaque nacional. É ser o anônimo a mais amando e fazendo Goiás crescer. Crendo em Deus acreditando que ele, mais do que brasileiro, é goiano. Fazendo da tradição das Cavalhadas de Pirenópolis e Corumbá, um exemplo de devoção. Mostrando o amor ao Divino Pai Eterno nas romarias de Trindade. Sendo velho, não se esquece das noites goianas, das suas lendas, ensinando-as aos novos. E sendo novo, não deixa morrer a tradição, a fé, o amor a terra. O orgulho de possuir a força no “r” carregado de amorrrrrrrr ... em tudo que faz e acredita.




[1] Texto premiado em 1º. Lugar no Iº. Concurso Literário sobre goianidade – realizado pela prefeitura da cidade de Anápolis em junho de 1993.

MARIA JOSÉ: Definir o amor...

Como definir um sentimento tão complexo, tão cheio de mistérios e dúvidas...
Ao mesmo tempo tão simples, claro e certo...
Como falar de amor sem tentar dar-lhe alguns sinônimos!
Paixão, gratidão, convivência, conhecimento, respeito, beleza, inteligência, troca de experiências...
Não poderiam, estes, em prismas diferentes, sê-los?!
Não é verdadeiramente todos componentes de um?!
Que independente de comportamentos ou regulamentos são dependentes dos elos que conduzem pontos a favor de um todo!!! Não são todos sentimentos interligados?!
Não é por acaso, o amor, um conjunto de sentimentos presentes no desejo de felicidade?!
Estado de graça! Já o definiram.
Que estado é maior do que a felicidade de viver essa graça?!
“O amor é contrário ao ódio”, que nele também se manifesta, como a esponja que absorve a água, como o Sol que consome a escuridão da noite...
Por que pensar em definir o amor!!!
Confundir-se e encontrar-se diante de uma definição exata e contraditória de seu manifestar na vida das pessoas.
Onde viver, passa a ser cada dia, uma renovação dos sentimentos, que vão sendo somados aos já existentes.
Reviver é amar.
Redescobrir é amar.
Amar é deixar-se amar... Buscando ganhar mais sentimentos a serem somados...
Vivendo o amor manifestado pelo pensamento, pelo falar, agir, escrever...
Pela carícia de um beijo, ou um acordar de um tapa.
Pela delícia de um dia, e o seu amargo fim.
Pelos bons momentos vividos, e a angústia da saudade.
Pela força da insegurança, e a fraqueza da segurança...
Definir o amor,
é definir a vida, a morte, a felicidade...
Definições paradoxais que não satisfazem...
Apenas satisfazendo o desejo de pensar porque temos necessidade de definir o indefinível!!!

MARIA JOSÉ: Essência

A vida perde o sentido
quando nos sentimos a beira de um abismo
e não temos coragem de pular
e nem de enfrentar as conseqüências do pulo:
A morte de tudo que acreditamos.

Se eu pulo,
levo comigo os conflitos que me atiraram...
se não pulo,
sinto-me mergulhada na dúvida de crer ou não nas
verdades que inventei.

Volto atrás...
Vejo-me retroceder na essência do medo,
na covardia, no desespero de não saber o que fazer,
aonde ir...

Quero a essência da vida
sem deparar-me com a beleza da morte.
Tenho medo de morrer,
sem ter vivido.
Tenho medo de viver
por que um dia vou morrer...

MARIA JOSÉ: BELEZA

É sentimento que fala por gestos,
molduras, cores, plástica, harmonia e desarmonia...
É a percepção do mundo numa visão mais do que holística.
Integrado numa única partícula de sentimento.
É a concretização do imaginário,
tomando como matéria.
É a avaliação baseado no que há de mais bonito em nós: a essência humana, o amor.
Quando olhamos o universo com lentes assim, a beleza passa figurar o conceito de felicidade!